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As intervenções urbanas em Belém e as influências que a Europa trouxe:

Belém do Pará, fundada em 1616, foi o primeiro núcleo colonial português na Amazônia, localizada às margens do Rio Guamá e da Baía do Guajará, se expandiu ao longo da orla do Rio Guamá, dando origem ao antigo Bairro da Cidade, o atual bairro da Cidade Velha, onde as principais atividades culturais e comerciais da cidade se aglomeram. 
Alguns dos principais pontos turísticos da cidade também são localizados em seus arredores, como a Casa das Onze Janelas, o Forte do Presépio e a Catedral da Sé. 

Falar da Belém antiga sem citar o período da Belle Époque é impossível, por isso é importante ressaltar a grande influência europeia na área urbana da cidade. Esse tesouro a céu aberto acabou se tornando parte do cotidiano do paraense. Quando Antônio Lemos foi eleito intendente da cidade de Belém (o cargo de intendente se equivale ao cargo de um prefeito municipal), realizou grandes transformações urbanas na transição do século XIX para o século XX e, devido aos grandes feitos, é considerado até hoje um dos maiores administradores públicos dos últimos tempos no Brasil. Grande parte dos investimentos realizados no governo de Lemos foram designados a resolver as carências da cidade com relação a iluminação, que passou a ser elétrica, ao saneamento, a alteração do transporte via tração animal pelos bondes elétricos e no sistema viário urbano. Entre essas obras, estavam inclusas as aberturas de grandes avenidas, praças e arborização pela cidade. 
Lemos tinha como inspiração as ideias das reparações que ocorreram no século XIX na Europa. No procedimento de remodelação, Belém passou por uma espécie de programa de "embelezamento estratégico", no qual apoiou-se na tentativa de tornar a cidade mais luxuosa e bonita, não somente para os moradores, mas também para os visitantes. Lemos também investiu na construção de palácios, praças, teatros e até mesmo no plantio de centenas de mudas de mangueiras, que vieram da Índia para a formação de passagens sombreadas e refrescantes nas grandes avenidas. Todos os detalhes foram pensados com muito cuidado para que o ar parisiense não fosse perdido. Podemos ver os traços das intervenções feitas por Lemos em diversos lugares da cidade, desde a Praça Batista Campos, até a Praça da República, nos detalhes das vias e até mesmo no centro urbano. 

O crescimento da cidade estava tão grande, que chegou até o bairro de São Brás. Com o crescimento e o progresso cada vez maior, as melhorias já chegavam no bairro do Marco, onde diversos reparos foram feitos durante o tempo que Antônio Lemos permaneceu no cargo da gestão municipal de Belém. Diversas vias foram abertas e com a tecnologia, o tráfego passou a ficar cada vez mais intenso, ocasionando a abertura de mais vias, para que o trânsito conseguisse suportar a quantidade maior de veículos. Depois de todas essas intervenções arquitetônicas, estilísticas e estéticas na capital do estado, não demorou muito para Belém se tornar o foco dos imigrantes. A referência do local de encontro de diferentes povos tornou-se o resultado de que uma nova política civilizatória e colonizadora para a região. Antônio Lemos deu um grande passo ao futuro e, ver os traços da remodelação feita por ele torna nos faz ter uma nostalgia em cada avenida, museus, teatros e palácios que visitamos. 

Referências Bibliográficas: http://percorrendobelem.blogspot.com.br/2014/02/as-influencias-da-reforma-de-paris-nas.html http://historiaearquitetura.blogspot.com.br/2016/01/belem-do-para-comemora-400-anos.html http://pphist.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/dissertacoes/Ms%202006%20KAROL%20GILLET%20SOARES.pdf

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